Saravá, Nanã Buruquê
Bença, Nã-Buruquê
De Moacyr Luz e Aldir Blanc
Com tanta folha aqui pra varrer
Ai, Nanã-Buruquê
Ifá me ajude com o opelê
Ai, Nanã-Buruquê
Oxumaré e Obaluaê
Bença Nã-Buruquê
Vou mascarada pra Guedele
Com Nanã-Buruquê
A chuvarada verga
A espinha da favela
Nanã Santana varre
Eu sou a filha dela
O temporal passou
Restauram lama e lodo:
Com isso é que Nanã
Recria o mundo todo
Mel, inhame e dendê
Salubá-Buruquê!
Ontem, hoje e amanhã
Salubá-Shapanã!

Amizade
E um adolescente disse: "Fala-nos da Amizade".
E ele respondeu, dizendo:
"Vosso amigo é a satisfação de vossas necessidades.
Ele é o campo que semeais com carinho e ceifais com agradecimento.
É vossa mesa e vossa lareira.
Pois ide a ele com vossa fome e o procurais em busca da paz.
Quando vosso amigo manifesta seu pensamento, não temeis o "não" de vossa própria opinião, nem prendeis o "sim".
E quando ele se cala, vosso coração continua a ouvir o seu coração.
Porque na amizade, todos os desejos, ideais, esperanças, nascem e são partilhados sem palavras, numa alegria silenciosa.
Quando vos separais de vosso amigo, não vos aflijais.
Pois o que vós amais nele pode tornar-se mais claro na sua ausência, como para o alpinista a montanha parece mais clara, vista da planície.
E que não haja outra finalidade na amizade a não ser o amadurecimento do espírito.
Pois o amor que procura outra coisa a não ser a revelação de seu próprio mistério não é amor, mas uma rede armada, e somente o inaproveitável é nela apanhado.
E que o melhor de vós próprios seja para vosso amigo.
Se ele deve conhecer o fluxo de vossa maré, que conheça também o seu refluxo.
Pois, que achais seja vosso amigo para que o procureis somente a fim de matar o tempo?
Procurai-o sempre com horas para viver.
Pois o papel do amigo é o de encher vossa necessidade, e não vosso vazio.
E na doçura da amizade, que haja risos e o partilhar dos prazeres.
Pois no orvalho de pequenas coisas, o coração encontra sua manhã e se sente refrescado".
(Gibran Khalil Gibran, "O Profeta")
Minha Fé
Música de Zeca Pagodinho.
Eu tenho um santo padroeiro, poderoso
Que é meu Pai Ogum, eu tenho
Tenho outro santo que me ampara na descida
Que é meu Pai Xangô, Kaô
E quem me ajuda no meu caminhar
Nessa vida pra ir na corrida do ouro
É Oxum, é Oxum
Nas mandingas que a gente não vê
Mil coisas que a gente não crê > Refrão
Valei-me meu Pai atatô, Obaluae
Obaluaê
Por isso que a vida que eu levo é beleza
Não tenho tristeza, aó vivo a cantar
Cantar
Cantando transmito alegria
E afasto qualquer nostalgia prá lá
Sei lá
E há quem diga que essa minha vida
Não é vida pra um ser humano viver
Podes crer
Nanã Buruquê
Dia 26 de julho, para os umbandistas, é o dia de Nanã Buruquê, o Orixá da razão, da sabedoria, da maturidade.
Saudação: Salubá Nanã Buruquê
Cor da vela: lilás
Guia: lilás
Comida: frutas em calda
Bebida: licor
Flores: violetas
Local para oferenda: lagos, lagoas e rios
Data comemorativa: 26 de julho
Dia da semana: sábado
Santo católico correspondente: Santa Ana
Prece a Nanã Buruquê

"Mãe protetora de todos nós
Senhora das águas opulentas
Deusa das chuvas benévolas
Deixa cair sobre nós a chuva divina
Da tua bondade fecunda e infinita
Salubá Nanã Buruquê
Purifica com tuas forças nossa atmosfera
Para que possamos ser envolvidos
Pelos teus olhos maravilhosos
Salubá Nanã Buruquê... Salubá"
Cantando também se reza

Salubá Nanã
(Grupo Aruanã)
Sete linhas tem a Umbanda e cada uma o seu poder
Com licença das outras seis, vou saudar Nanã Buruquê
Salubá Nanã, Salubá Nanã
Salubá Nanã, Nanã, Nanã
Nanã Buruquê
Vovó tua experiência nos ensina uma lição
És modelo de paciência, calma e ponderação
Viver sob tua guarda, teu amor, tua vibração
É mais do que merecemos pra cumprir nossa missão
Derrame em nossas vidas, ó Senhora da Redenção
A luz com que iluminas o caminho da evolução!
Como as vovós da Terra és também vovó do espaço
Que segurança encerra a doçura do teu abraço!
Salubá Nanã, Salubá Nanã
Salubá Nanã, Nanã, Nanã
Nanã Buruquê
Nanã ê
(E. C. Félix Nascentes Pinto)
Com seu manto roxo
E seu iberi as águas são doce
Nanã reina aqui
Estou de joelho, eu vim te pedir
Aceite a oferenda que trago a ti
Nanã hei, Nanã hei
Nanã hei, O Nanã, Nanã hei
A lua clareia as águas do rio
Que leva as estrelas
De encontro ao mar
Nanã que recebe, a nossa oferenda
Derrama suas bênçãos
Sobre os filhos de fé
Nanã Buruquê tu és minha mãe
Contigo agora, eu muito aprendi
Tua experiência, refleti em ti
Me sinto agora consagrado por ti